um pouco mais do que quero ser :)

sábado, 29 de outubro de 2011

Não vou fazer como sempre, exprimir tudo que tenho preso aqui e que não foi liberado na hora certa, na hora em que deveria ser exposto, eu sempre guardei essas frases pra mim, essas angústias, eu acompanhava a conversa com um "não sei", talvez, ou até mesmo aquele depende - que no fundo era um "eu quero". Tenho sentido muito pelas minhas manias de ser desastrada e complicada, é complicado.. faz alguns dias que venho vivendo por complicações, e quando desejo gritar o que me sufoca, eu acho que se resume mesmo a um complicado, a uma questão de lógica, que me consome a cada parada que dou em meio a esse quarto sereno, que em poucos dias eu transformei em meu. Certo que o "meu" está meio fora de forma, de cuidados, canetas espalhadas, papéis pelo chão, roupas encima da cama, uma tremenda bagunça. É, tudo isso porque daquele moço, que adentrou a minha vida e fez uma revira-volta. Me ensinou o que eu mais temia acreditar, me cuidou da forma mais compreensiva e paciente, como sempre falara. Mais eu segui, eu me joguei, entorpeci de vontade, criei histórias que não tinha imaginado antes. Chegava nos lugares, e tentava dizer as pessoas que eu amava, que eu fumava e bebia, e que tudo isso era consequência do amor. Amor? É, justamente amor. Aquele que te arranca a alma, que te faz enxergar o que não tinha visto, aquelas estrelas que todos os dias ficam paradas nesse céu imenso, mais que não reparamos. Estamos preferindo se jogar num sofá para assistir idiotices cotidianas. Num certo dia quando eu jurava com todas as certezas que aquele moço, aquele mesmo, com um ar "cafajeste", que me fazia arrepiar todas as vezes que encostava sua boca atrás da minha orelha, aquele que tinha um sorriso tranquilo e original, um perfume inebriante, igual ao de ninguém, aquele que era meu e eu sabia que nunca iria me abandonar, eis que me deixou. Me deixou com palavras, com falta de certeza, com falta de cuidado. Eu não acreditava que depois de uma noite de suspiros, isso iria desabar, mais como dizem: Nada como um dia após o outro, e esse foi o dia. Em que eu me desapeguei totalmente dos meus quereres, subiu uma sensação de ódio, mais por incrível que pareça eu não sei odiar, então não era ódio, era vontade de esganar e gritar olhando nos olhos daquele moço, que tudo o que me restava era aquele bendito amor que falei no meio, que aquele negócio, tinha predominado todo o meu ser, e que meus incensos queimados no canto, não servia de nada mais. Não falei, não gritei e muito menos exclamei; eu só me afastei, possuindo mais uma vez aquela minha vidinha única, a minha face encaroçada em consequência das maquiagens que usava para chamar atenção daquele moço. Agora estou aqui procurando um meio de desaparecer, de mim mesma, encontrar proteção no meu destino, as coisas que eu sei que vai se resolver. Mais cedo ou tarde, eu retorno com os sonhos maiores do mundo, aceitando o pedido daquele homem que transformou a minha vida, encostando na sua nuca, e sussurrando: eu voltei, pra te fazer feliz. Do jeito que eu sei, e do jeito que você merece. Nanda Oliveira

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