um pouco mais do que quero ser :)

sábado, 29 de outubro de 2011

Passei a noite me revirando naquela cama, que ainda não tinha me acostumado; apaguei todas as luzes pra ver se a escuridão ajudava no meu sono, que sinceramente já havia perdido há uns bons dias. E nada adiantou. - Levantei, fui a cozinha e virei um pouco de vodka na boa, precisava de um estimulo.
Algo que se completasse as canções do celular e ao meu choro preso. Durante á noite eu via toda cidade passando por aquele vidro empoeirado, e sentia uma saudade dele. Todos os lugares me trazia recordações, principalmente onde parava. - Era como se a minha rotina fosse ele, e agora o que tenho? Nada mais que lembranças.
Quando cheguei em casa, me encontrei mais uma vez sozinha. E para aliviar aquele vazio no estômago de horas sem comer, eu encarei um pouco daquela comida estranha , feita pela tailandesa que vive comigo. Seria o momento em que ia pausar o meu pensamento naquele menino, que ficava minutos na linha esperando eu jantar e escutando a conversa da minha família irônica, mais me surpreendi. A sopa estava repleta de pimenta, a pimenta que ele gostava. Que nos nossos beijos se misturavam em minha boca, e desencadeava toda aquela endorfina que estava acumulada esperando ser exposta.
Larguei tudo , com o amargo da falta, peguei o telefone e liguei ; com toda coragem do mundo, agora sim!
Tinha largado o meu orgulho, para escutar aquela voz hipnotizante que estava bem distante . - Ele atendeu com um ar despreocupado, contou sobre o seu dia, onde estava, e me perguntou se era realmente saudade, afirmei. Seguido de um boa noite, e mais uma vez ele retrucou: Só ligou pra isso? Sim. Jura? Juro.
E jurar pra mim agora era um não, era um fique, não desligue, tenho algumas coisas pra falar. Mais espere um pouco, deixe eu encontrar as palavras. E ele não esperou.
Desliguei com o coração apertado, nas mãos. E me joguei naquela cama que ainda não tinha me acostumado ...
19/09/11

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