um pouco mais do que quero ser :)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Carpe diem (:

Ainda lembro do tempo que você não ia estudar e eu saia do trabalho. - Nus encontrávamos naquele barzinho, muito movimentado por pessoas desconhecidas, e algumas vezes conhecidas, mais discretas. Você sentava do meu lado, e largava os meus defeitos, seguidos de alguns afagos, mexia no meu cabelo e pedia desculpas. Não conversamos nunca pelo telefone, só através dos olhos. E você encostava a cadeira pra perto, e juntava suas pernas com as minhas ; ainda assim seu perfume era abstrato, até hoje não consigo distinguir. Cheia de colares, de amores antigos até, eu admirava. Pés pequenos, mãos pequenas, pele clara. Tudo o que lembro. Na verdade guardo uma boa nostalgia daqueles minutos, era legal comer em fast foods acompanhado de uma hippe , e observar as luzes como forma de contentamento, um jeito confortável de sorrir mostrando pra'queles desconhecidos, que mesmo não te possuindo por completa todos os dias, eu ainda tinha chances pequenas, quase que invisíveis de segurar sua mão por alguns segundos. Nanda Oliveira
Como dizia a canção: Um dia nossas vidas se encontram. - Assim espero, é o que anda cercando a minha mente todos os dias. Incrível, porque não costumava acreditar em histórias de amor, histórias prontas. Como essas que enfeitam filmes e livros ; mais um dia sem esperar me deparei com uma das histórias, paixão, pacto, , ou como queira chamar. Ela me possuía, digo possui minha alma, tomou conta de todos os meus passos, e principalmente.. as entranhas do meu coração. Os nossos sorrisos, cheiros, abraços, até nossa respiração se encontrava na mais perfeita sintonia. Achava tão estranho, ser dependente de um outro alguém, de um outro corpo, de um outro tempo. Ela parecia muito comigo, e eu adorava aquele jeitinho invocado, que me fazia fechar os olhos e enxergar um mundo muito distante dali, era, digamos .. sobrenatural. Acho que de tão perfeito foi ficando transparente, era escuro, bem escuro, forte, entende ?Tão avassalador que foi clareando, regredindo, ficando transparente. - Mais não sumiu. Fixou no profundo, que não sei acordar sem imaginar um futuro sem aqueles fios curtos entrelaçando no meu rosto, como era natural nas nossas melhores noites, aquelas em que eu me tornava uma menina e tomava conta do seu ombro. Hoje tudo o que tenho é uma vontade de controlar o tempo, adiantar quem sabe, ou até voltar. Fazer tudo diferente, te colocar numa casinha laranja e te falar todas as tardes que você mudou a minha vida, e que eu entregaria tudo, as minhas flores, minha luz, alguns contos, para te ver todos os dias passando pela minha janela, e no rádio tocar aquela canção que dizia .. um dia nossas vidas se encontram. Nanda Oliveira