um pouco mais do que quero ser :)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Eu sentia pena de Z. É, pena. Como ela havia me dito ; pena acabava, destroçava, rasgava Z. Pena era o tudo. - Passei tardes, e noites com aquele moço engraçado, que tinha um sorriso largo, e palavras contraditórias. Me sentia bem ali, confortada com tanto mistério. Eu sempre gostei de mistério, mais todo problema era aquela curiosidade que Z não dissolvia. Eu sabia que ele precisava de mim, que querendo ou não, ele dependia da minha presença, e principalmente da dela.
Ela incentivava, guiava, acalentava Z . E ele burro, não entendia a importância que ela tinha, o significado que a vida dele tomou depois que ela apareceu.
Mais os dias se passaram, e todo encanto se perdeu em meio a tanto desgosto, a pequenas angústias e comédias que se acumularam. Foi acabando como algumas histórias que começam com : Era uma vez ..
E sabe o que é pior ? Z está sozinho, sempre esteve. Não tem mais as minhas palavras ingênuas e mudas. Nem as certezas dela, ele está oco, vazio, perdido. Perdido mesmo, sem mais nenhum ombro, bochecha, e ouvidos.
Z está só, e só é ruim. É como se todas as cadeiras estivessem sendo ocupadas, mais do lado dele não estivesse ninguém. É triste, irrevogável, penoso como sinto.
- E para surpresa de todos, aqui dentro ainda resta alguns cumprimentos, bate-papos, e audição. Z não sabe, mais eu compreendo. Nanda Oliveira

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